terça-feira, 13 de setembro de 2011

Retalhos de pensamentos jogados e amassados

A busca da minha essência me traz tantas conseqüências. Eu sei às vezes para onde vou, eu sei as vezes que quero isto ou aquilo, sei quem quero ao meu lado ou as léguas de mim. Este caminho é muito doloroso, complexo, longo, desafiador. A gente só se percebe neste conflito, neste contexto, depois que está dentro dele, entre ele.
É tão complicado. Eu ás vezes me pego dentro de tantas bobagens, entre tantos outros bobos. E a vida vai assim passando e os dias dependurando-se entre esses desvios. Tantas me pego traindo a mim mesmo entre tantas coisas que me perco. Não sei se fico não sei se vou, não sei se volto ou continuo. E quando então voltarei para mim? Esta fuga constante de minha essência, esse jeito desenfreado de dar uma resposta correspondente a cada indagação.
Quando eu me pego sozinho essas coisas retornam como uma enxurrada de ideias que me crucificam, me apertam e clamam por respostas vindas do último espaço do meu ser para o último espaço do meu ser. Ah! Que complexo meu Deus. Porque você não me olha na cara e me coloca logo no meu lugar? Leva-me logo ao meu posto. Eu quero logo encontrar a minha essência; mostra-me logo a minha finalidade, o que eu preciso, para que vim até aqui. Eu tenho medo de me afastar muito e não saber mais voltar. Por onde eu começo a voltar ao retorno? Tudo é tão relativo. As coisas são tão sem valor. O que é nosso valor? O que vale mesmo a pena?
Quero voltar. Quero chegar naquele primitivo principio. Estar na aventura não é tão venturoso. A busca constante é dolorosa, chega a sangrar. Onde então me levará este caminho? Não quero a incredulidade dos que creram por não poderem caminhar no conflito questionador e permanecem na ditadura do dogma. Eu quero voltar ao meu lugar, quero me libertar dessas amarras. Quero encontrar a minha essência.

N.Ednaldo Oliveira, SDB.
Barbacena/MG, 18 de julho de 2011.

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