quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu queria te dizer o que queria agora


Eu queria te encontrar agora.
Queria te ver, te ter, te acalentar e acariciar, esperar.
Queria conversar, retratar e relatar, repensar e segredar.
As palavras vão travando, quase sem sair.
Elas avisam-me constantemente de seu cansaço, seu desvalor.

Eu queria ser contigo agora.
Queria te falar, te explicar, te jogar tudo, te pedir tudo.
Queria que não se esquecesse de mim, que não sumisse que não fugisse.
As reações que tu revelas são as piores.
Elas relatam exatamente que tu não me queres por perto.

Eu queria ser fingido agora.
Queria ser amigo, ser neutro, ser independente e não esperar.
Queria que não esperasse nada além do posso dar, além do que posso ser.
As coisas estão bem ordenadas e eu não tenho valor sobre elas.
Elas esmagam o meu querer e frustram o que eu quero ser.

Eu queria estar tranqüilo agora.
Queria não ser ansioso, não estar desesperado, e ter certeza de algo.
Queria ter consistências nas minhas satisfações, ser transparente.
As inconsistências negam as minhas necessidades.
Elas não me deixam ter coerência nas minhas opções.

Eu queria te dizer o que queria agora.
Queria ser transparente e não mudar nada no que quero no que falo.
Queria constituir minhas motivações e ser transparente contigo.
As minhas intenções não são amadas e precisam ser direcionadas.
Elas devem clarificar os meus sentimentos e transformá-los em Amor.

N. Ednaldo Oliveira, SDB.
Barbacena/MG, 12-22 de setembro de 2011.


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