Ninguém
vive sozinho. Para viver em comunidade é preciso se
desprender do individualismo, reconhecer-se como sujeito e ser social, tendo intrínseca
a necessidade de relacionamento. A chamada relação interpessoal promove trocas
de informações de acordo com a bagagem cultural associada à educação, história
de vida e afabilidade. Esta última, cada vez mais escassa vem sendo “engolida”
pela globalização.
Com o devir de uma nova
forma de comunicação, nos tornamos mais próximos! É uma afirmação perigosa e poderíamos
classificá-la até mesmo como mentirosa. A verdade que existe nela é que “o
mundo está menor”. Sim, claro. Não se tem mais as mesmas dificuldades de
locomoção física e muito menos no que diz respeito á informação. As cartas
quase não existem mais e as facilidades nas redes sociais levam todos a “pensar”
que estamos mais próximos, quando não estamos. Sendo assim, o mundo se separa
cada vez mais, se torna maior a cada “clic” e nós nos afastamos cada vez mais.
Somos
solitários em meio á tudo e todos. Nossas relações não nos solidificam mais e
chegamos a pensar que, estar sozinhos é a melhor coisa no estado em que estamos
de tamanha insegurança. É contraditório. E como explicamos os tantos amigos que
vamos encontrando na rede? A solidão nos encarcerou em meio a tantos e
tornou-se nossa companhia quando se trata de mundo virtual.
A
essência humana é comunidade. Enraizar as nossas relações em meios solidificantes,
ir à profundidade das coisas, retornar nosso espírito de confiabilidade que se
encontra tão desestruturado. Tudo isso se torna urgência na atualidade. Querer estar
junto ao outro com a capacidade de formar com ele um caminho que leva á meta
comum; este é um mundo menor, mais integrado e encontrado. Estes somos nós,
mais realizados, comunicáveis, integrados e verdadeiros.
S
Ednaldo Oliveira, SDB
Recife/PE,
14 de março de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário