terça-feira, 23 de agosto de 2011

Caminhemos, rumo ao horizonte...

“Não perdamos os passos, caminhemos rumo ao horizonte. Sempre em condições...”

Como pode, eu sendo o mesmo, mudar tanto assim? Faço reboques, dou voltas, faço redemoinhos e acabo me perdendo e não sabendo se retorno ou se paraliso aonde chego. Não sei o que procuro, não sei por que procuro,; a única certeza é que, nesses momentos,  não encontro nada.
O meu descontrole, o meu achismo, o meu ato de perceber, a minha capacidade de me achar superior e suprimir os outros, minha anciã por um domínio, e, ao mesmo tempo, meu sentimento extremo de comunhão e pluralidade. Em contrapartida, vejo-me pensando e fazendo tantas outras coisas, menos o que é purificável nos meus momentos mais sentidos e lógicos.
Fugimos tanto dos nossos desejos, das nossas metas, das nossas exigências. Porque nos afastamos tanto? Nos meus melhores momentos eu vejo um horizonte tão próximo, tão possível, a coisa torna-se tão cabível. Há! Se eu conseguisse não mudar de direção e seguisse no caminho que a sã mente me pede. Tenho uma certeza, não me perderia. Minha pergunta é sem resposta. É difícil caminhar sem a olheira usada pelos animais para fixar-se somente na direção que os outros estabelecem; o caminho é mais duro e pedregoso, porém, é caminho seguro.
Quererei eu então continuar esperando e me desconcertando constantemente? Isso gasta saída. Continuar se perguntando para onde se vai, perde-se os passos que deveriam estar sendo dados e enraizados no percurso desejado e seguro, rumo ao horizonte, próximo ou não. Sempre em condições.

N. Ednaldo Oliveira, sdb.
Barbacena/MG, 17 de agosto de 2011.

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