Porque não usamos ir ao encontro se está bem perto de nós?
Porque não queremos chegar junto?
Porque não rompemos as barreiras estabelecidas por quem não sabemos?
Porque não aceitamos as controvérsias?
Porque não esperamos o pousar do sol embaixo de uma arvore?
Porque não sentamos para esperar o novo sol?
Porque não rimos das nossas mazelas enquanto comemos?
Porque não nos colocamos frente ao outro e destruímos todas as incógnitas?
Porque não arrancamos as máscaras?
Porque não demonstramos apego ao outro que Deus nos deu para amar?
Porque não atacamos o espelho pela vergonha do comportamento?
Porque não queremos o prêmio pela guerra por nós instalada?
Porque não recolhemos nossas tralhas de insegurança e medo?
Porque não deixamos emergir os dotes e talentos dos outros?
Porque não nos colocamos na esfera dos poucos e últimos?
Porque não nos encontramos e colocamos tudo um ao outro?
Porque não queremos sair do arcaico, ultrapassado e mofado?
Porque não fixamos o olhar no Mestre e seguimos-lhe os passos?
Porque não amadurecemos sem pressa ou empurrões?
Porque não aprofundamos as nossas ações e unificamos as coisas?
Porque não perdemos o medo do outro?
Porque não nos inserimos em nossas celas para retornarmos mais serenos?
Porque não nos deixamos ser levados e banhados, purificados?
Porque não confirmamos a nossa invalidez na solidão?
Porque não tiramos, desamarramos as sandálias?
Porque não nos desarmamos para entrar no lugar santo que é o outro?
Porque não nos esvaziamos totalmente e contemplamos o Belo que é Deus?
Porque não silenciamos e nos aquietamos para ver o Deus que passa?
Porque não nos abandonamos como a folha seca jogada ao vento?
Porque não somos a folha, jogados em Deus?
Porque não somos bons profissionais na profundidade das coisas?
Porque não conseguimos o equilíbrio quando a hora chega?
Porque não queremos deixar a ilusão da perfeição?
Porque não nos permitimos sentar ao lado de uma criança na praça?
Porque não temos firmeza no que queremos e escolhemos?
Porque não perdemos o medo de ter medo?
Porque não sentimos vergonha do nosso analfabetismo afetivo?
Porque não conhecemos o corpo, as partes que carregamos á décadas?
Porque não nos envergonhamos da nossa incapacidade emocional?
Porque não reconhecemos que o que nos falta é o Amor profundo?
Porque não substituímos a vida por vida e amor por amor?
Porque não nos expressamos o que sentimos e nos decepcionamos?
Porque temos medo das perguntas quando temos a verdade que é Deus?
Não podemos ter medo dos questionamentos, nosso papel não é respondê-los e sim, contemplá-los, repeti-los, fazê-los.
E o mais importante nisto tudo, PORQUE NÃO EU?
N. Ednaldo Oliveira, SDB.
Barbacena/MG, 11 de outubro de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário