Não desapareças assim! A solidão vem visitar-me em teu lugar e acaba zombando de mim. Faz festa, faz morada, enraíza e presenteia a angustiosa, deixa-me desesperado pelo desejo expresso de permanência.
Frio escândalo neste lugar quieto. O vento sopra e acaba cantando rodopiadamente gerando um circulo vicioso levando tudo consigo, luxúrias são levadas nesta triste saída. Onde estão os meus? Olhando o vento eu via tudo passando pelo redemoinho absoluto, lembrei-me de nós dois, nosso tão pouco tempo juntos; em contrapartida, nossa alegria em estar junto, nossa tão pouca oportunidade de estar e o nosso afeto com tonalidade de ambiente confiante, nosso principio de timidez, junto ao nosso anseio de aproximação.
Não consigo viver assim! É como se eu me servisse de anestésicos e passasse um período sem o clamor da ausência, depois tudo acaba voltando ao clima inicial, da solidão. Eu sinto teu cheiro, eu sinto teu suor delicado, teus cabelos molhados e lisos arrastado pelo rosto conquistado pelo sorriso. Vejo teu sorriso dirigido a mim e ai tudo se ajeita. Não faz assim, volta pra mim, vem...
Um recadinho pequenino dito ao pé do ouvido, bem baixinho em meio aos sentimentos desejados e não entendidos; não fala nada, deixa o clima rolar, deixa a festa se fazer. Nossos corpos clamam por encontros, não foge não, deixa os sentidos estremecessem.
N. Ednaldo Oliveira, SDB.
Barbacena/MG, 05 de agosto de 2011.
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