Quando chega a noite e tudo então é silenciado pela obrigação do calar-se, viajo ás mais belas paisagens organizadas por sobre minhas ações. Abre-se em mim verdades inexplicáveis que se voltam por sobre tudo aquilo que fiz e sou.
Bem ali onde ninguém te escuta, onde ninguém te ver e a escuridão da noite te ofusca, é ali que se tenta, e até se acha outros focos que tratas de esconderes de tudo. Que as paredes não nos escutem quando então estivermos no ponto mais alto, em nossos horrores mais ferrenhos. Quando o espelho for então a nossa face e ousarmos acreditar na atualidade dos nossos ruídos, das nossas agonias.
Quando me vem o que mais temo, quando me alcançou o que mais me cerca e me espia; é neste emaranhado complicado que me encontro quando todos se retiram e respiram. Pela janela da minha cela eu vejo a lua. Ela está lá, grande como sempre, e alcança tudo e todos, crentes e ausentes. Vem ao meu encontro as grandes lâmpadas de horizonte que se aproximam, interrogam-me sobre tudo, querem conduzir-me aos seus espaçosos e astutos lugares. Que eu consiga escapar destes seringueiros que parecem amantes do saber.
N Ednaldo Oliveira, SDB.
Barbacena/MG, o9 de novembro de 2011.
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