Ah! Se tu soubesses o que te espera, o que te grita angustiadamente, desesperadamente por ti. Não consigo pensar em mais nada, construir mais nada que você não esteja neste meio.
Qual é o nosso destino nessa história toda? Onde nós então chegaremos? Enlouquecido estou. Constantemente afastando de mim, sempre saindo, sempre procurando, sempre indo. Dentro deste contexto eu não mais me dirijo somente a mim, mas tem outro ser neste espaço; que rouba, que assalta, que aperta e quer continuar. E quando eu penso que me afasto, eu me achego; quando eu penso ser roubado, estou ganhando. É você que se aproxima e quer ficar.
Separei-me de todos, resisti a tudo para ficar com você; perceba-me. Dilate-me. Resgate-me. Como te esperei ontem, porque não apareceste? Fiquei em um silêncio profundo, mas tive medo de confrontar-me. A solidão riu de mim. Fez graça, fez pirraça. Consegui escapar com seu perfume deixado naquela rouba que roubei de ti. Fomentar e sustentar tornou-se regra.
Quero passar a mão em seus cabelos, sentir que eles deslizam sobre meus dedos trêmulos. Neste movimento você sobe em meus pés; espantados, perplexos, receosos. Um não quer invadir o outro e assim o momento vai ficando gostoso, vergonhoso e ingênuo. Os relógios não mais existem neste instante, perdem o valor.
Não espere que eu me vá pra sentir, ousar, querer, entender...
N Ednaldo Oliveira, SDB.
Barbacena/MG, 14 de julho de 2011.
*Frase de Pitty
Nenhum comentário:
Postar um comentário