Daqui dá pra ver o Trem...
Ele que é sonho de tantos que desejam mudar e transformar;
Ele que é esperança para quem necessita chegar e ficar;
Ele que é movimento seguro para quem tem medo de andar;
Ele que é petulância barulhenta para quem não tem paz.
Daqui dá pra ver o Trem...
Ele que passa com fumaça e sem graça querendo chegar e entregar;
Ele que passa mostrando a desgraça aos possuidores da praça;
Ele que passa e derruba o comparsa que O tenta parar;
Ele que passa e anuncia e disfarça aquilo que abraça.
Daqui dá pra ver o Trem...
Ele que volta e então se revolta com a vida acabada e esmagada;
Ele que volta e sem perder a rota procura outros trilhos;
Ele que volta e sem olhar o estrago, que continuar;
Ele que volta e com tanto barulho não é percebido.
Daqui dá pra ver o Trem...
Ele que encontra se alegra e reconta o parado, quebrado, atrasado;
Ele que encontra e prepara um barulho, quer então festejar;
Ele que encontra e não quer prestar contar, quer somente estar;
Ele que encontra vagarosamente descansa e não pode parar.
Daqui dá pra ver o Trem...
Ele que espera, e não importa o tempo, está pronto a chamar;
Ele que espera e sabe o valor do que está a ganhar;
Ele que espera, está disposto ao desuso e ao enferrujar;
Ele que espera, encontra, volta, passa, É...
N Ednaldo Oliveira, SDB.
Barbacena/MG, 14 de novembro de 2011 .
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