domingo, 5 de junho de 2011

Em um eterno contemplar, quero acordar

Eu nunca soube que elas tinham tanto valor, que chamavam tanta atenção em elevar e anunciar seu autor.
Eram como meros pontos que faziam parte do término de um dia e espera do outro.
Deveríamos atuar neste grande espanto como reais vigias.
Sai marcando passo, elevando o espaço, tornando possível o porém. Levem-me ao além.
Contempla-los faz de mim um panorama maravilhado na contradição, espanto.
Quando parecia o fim, alguém, toma o lugar e deixa de ser quem.
Toma o lugar e olha pra mim.
Eu parecia um neném quando meu fim está e parece iniciar. Seu papel é esperar.
E a vida vai tomando forma, esticando sua ótica, massacrados ou não, vale a pena o acordar.
Recordar a história, os caminhos passados, os arames farpados que nos abrem os olhos ao a senhora da vida.
Eles brilham como espelhos que fazem refletir o agir, o ter que sorrir mesmo no reprimir, os quero e renego.
Não quero seu olhar, quero permanecer aqui em um eterno contemplar. 
Deixem-me alegre, não levem minha luz. Quero acordar.


N. Ednaldo Oliveira, SDB.
Capina/PE, 2009.

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