Ednaldo Oliveira*[1]
RESUMO
Este trabalho apresenta os pontos culminantes na sociedade atual; família, decisões, acompanhamento, direcionamento dos filhos, e, as drogas. Serão aqui tratados todos esses tópicos segundo a pedagogia de um dos mais influentes santos da historia da Igreja, e, não só dela, mas de todo um estudo acadêmico na área da educação de seu século e depois dele; São João Bosco.
PALAVRAS CHAVES: Heranças genéticas, família, coerente, acompanhamento, educação, prevenção, drogas, vícios.
INTRODUÇÃO
As orientações aqui apresentadas são baseadas em grandes autores que se destacam na área da pedagogia Salesiana de Dom Bosco, e não só nela; e tratam deste tema, novo ainda, como sendo o grande marco para o futuro de uma sociedade que “precisa de bussola”, e o grandessíssimo papel que o sistema preventivo pode ser para determinado tema.
Será este o nosso ponto de partida. Pode-se educar ao acaso, ou então aplicar um “sistema”, que tem a vantagem de oferecer pontos de referencias e continuidade, facilitando a tarefa mais importante da existência humana. Este trabalho traz algumas reflexões para pais, educadores, brotados do coração de um sistema educativo, que continua a mostrar-se surpreendente e eficaz.
O texto, todavia, não se limita a orientação de pais, pelo contrário, é dirigido a todos os salesianos de dom Bosco, e a toda a família salesiana; o texto reflete o anseio de partilhar, com todos, a experiência paterna de dom Bosco, a partir da convivência entre os seus jovens no pátio-palco primeiro da realização do carisma educativo salesiano.
Será um percurso de uma realidade oscilante na sociedade atual. E como o sistema preventivo pode responder a tantas indagações? Veremos! Boa leitura...
1.0. HERANÇAS GENÉTICAS:
O ser humano é um projeto constante, projeto infinito. Todo o universo se encerra se justifica, se fundamenta no ser humano. A historia pessoal de vida do individuo o acompanha em todo o processo de ingresso dele na sociedade; por isso, a soma das heranças genéticas, tendo iniciado no ato da concepção do feto, ate o momento da morte irão influenciar e determinar a personalidade deste individuo.
Não nos enganamos de maneira alguma quando usamos a expressão determinar; irão sim determinar e definir os passos do feto, todos os sentimentos, sentidos e apreensões sentidos pela mãe, o filho, que ainda nem pode ser considerado ou chamado filho, sentira ate o ultimo sentido. Vem daí a importância de uma aceitação primitiva, quer dizer, desde o primeiro instante perceptivo da gravidez. O feto que ali ainda esta se constituindo, percebe e sente todas essas impressões. Todas elas são enviadas diretamente a ele. Quem de nos gostamos de algum gesto de rejeição? Penso que seja o pior sentimento que alguém possa ter. Causa traumas extremamente íntimos que tão longamente não conseguimos compreender ou resolver; imagine tudo isso acontecendo com um ser com meses de concepção.
Uma das melhores sensações que se possa ter é a de ser esperado. Não há nada igual que chegar a um ambiente e ver que ele foi todo preparado pensando em você, foi pensado e estruturado para te receber bem. A criança deve sentir-se assim ainda na concepção. É preciso que os pais, e principalmente a mãe, sintam-se felizes pela chegada do novo membro; isso favorecera o que chamamos ou denominamos de “aceitação primitiva”, ou “bem estar primitivo”.
É assim que deve ocorrer todo o processo de gestação. Está cientificamente provado que, as intuições e, sobretudo, a herança genética da criança inicia-se no ato da concepção e não no nascimento como imaginávamos, e, a própria psicologia se fundamentava anteriormente. Este foi um grande salto, tanto para a ciência moderna, quanto para a psicologia moderna. Assim, se desenvolverá os primeiros nove messes, até o nascimento.
1.1. UM GRANDE SALTO: A IMPORTÂNCIA DE TOMAR DECISÕES.
No decorrer da infância a criança precisará de uma serie de encaminhamentos. É de suma importância que cada um deles seja bem orientados e enviados, que se passe nenhum despercebido; que sejam vividos cada um em seu devido momento. Um fator importantíssimo são as decisões. Criar um filho em um espaço de liberdade favorecerá o senso de liberdade, que veremos mais tarde.
As crianças que não tem senso de limites muitas vezes fazem escolhas que resultam em uma serie de problemas para si mesmos e impõe intranqüilidade aos outros. A criança desenvolve um senso de limites vivendo dentro deles e reconhecendo que eles estão sempre presentes. Ter senso de limites é o mesmo que ter um sistema de alarmes embutido. Antes de tomar decisões, a criança percebe que ela pode ter conseqüências desagradáveis e inaceitáveis[2].
Os pais e professores precisam esclarecer para si mesmo o que esperam que as crianças façam ou não; as expectativas, inclusive de responsabilidade por tarefas e deveres, precisam ser expostas de maneira que as crianças entendam. Os mesmos devem descobrir se as crianças entendem as expectativas, fazendo-a repeti-las e orientá-los á respeito delas. Este período de responsabilidades e decisões retornará na adolescência, e é preciso ser bem entendido e trabalhado aqui.
As crianças expressam seu senso de poder tomando decisões e pondo-as em prática. As crianças que aprenderam a serem responsáveis tomam melhores decisões que as outras; essas decisões precisam ser encaminhadas, acompanhadas por um adulto, mas, ajudar a criança a esclarecer um problema não significa dizer-lhe o que outro adulto acredita ser o problema. Ao contrario, significa ajudar a criança, por meio de perguntas, a definir o problema por si mesmo.
Constantemente os pais perguntam-se: “Porque tenho um filho assim?” Vai ver que ele tenha feito todo esse processo e tenha ainda faltado à chave de tudo, a coerência. A coerência é uma maneira que os pais utilizam para mostrar aos filhos que estão falando a verdade e estão a par do comportamento delas. Quando sabem que os adultos estão conscientes de seu comportamento, a criança tem mais incentivo para agir da maneira apropriada. Quando falam seriamente os pais mostram que estão dispostos a cumprirem com aquilo que dizem. Quando se comportam dessa maneira, servem de modelo para as crianças e as ajudam a desenvolver o senso de responsabilidade.
A busca de recompensa pelo bom comportamento é uma das maneiras que a fazem se comportar da maneira apropriada. Outro motivo é o desejo de evitar o castigo. Crianças que são sempre punidas por serem irresponsáveis, e quase nunca são recompensadas por serem responsáveis, desenvolve uma atitude desequilibrada em relação a tarefas e obrigações.
“Buscam evitar o castigo por meio de manipulação, recusa, mentira ou incompetência e não vêem mérito nenhum em ser responsável. Os pais levam que levam a sério ensinar responsabilidade ás crianças devem aprender a recompensar o comportamento positivo.” [3]
Torna-se inquietante para qualquer um não ser recompensado pelo trabalho ou tarefa realizado. A criança sente-se profundamente frustrada ao perceber-se em um ambiente que lhe sufoca, por mais que ela se esforce, o reconhecimento não aparece nunca. Programar, esperar e receber o novo membro da família sabendo recompensá-lo por ser responsável.
As crianças que crescem em um ambiente sem regras e sem um limite de comportamento definido sentem grande ansiedade e confusão. Se estiverem ansiosas ou confusas, é difícil para elas exercer a autodisciplina necessária ao controle do próprio comportamento. É mais provável que se comportem mal e tenham problemas para cumprir responsabilidades e seguir orientações. Os pais das crianças mimadas tendem a sentir irritação por causa delas e a ter ressentimentos ocultos.
“Nenhum pai gosta realmente de um filho que é exigente e manipulador em excesso, ou que tem ataques de histeria e de choro. Só é possível evitar que isso aconteça se os pais estabelecem regras de maneira adequadas, esclarecem o que é esperado, indicam conseqüências apropriadas e acompanham o filho com coerência.” [4]
Vai então acontecendo nas entrelinhas do cotidiano à formação da criança, que agora, já tendo iniciado seu processo de responsabilidades, precisa ser minuciosamente acompanhada. É preciso ter fixo esta idéia: “o ser humano é um projeto infinito, e sua formação é constante; as heranças genéticas definem a personalidade.” Entramos então no período educacional de base, que logo então trataremos.
1.2. A ESCOLHA DO SISTEMA EDUCATIVO
A escolha do sistema é fundamental na formação de um filho. Geralmente, apresentados ou não, são dois os mais comuns: o preventivo e o repressivo. Destas duas pequenas palavras derivam situações diversas, constrangedoras ou construtivas, dependerá da escolha e execução dos pais. Como bem conhecemos os dois sistemas, não nos deteremos em conceitos de ambos, destacaria apenas esta citação sobre o sistema preventivo:
“O sistema preventivo consiste sempre em observar o contexto de toda a situação. Consiste em tomar conhecidas as prescrições e as regras de uma instituição, e depois ‘vigiar’ para que os alunos estejam sempre os olhares atentos do diretor, do assistente, que como pais carinhosos, falem, sirvam de guia em todas as circunstancias, dêem conselhos e corrijam com bondade.” [5]
Aqui se encontra o coração da obra de Dom Bosco, que tão longamente conhecemos. A escolha do sistema preventivo por meio dos pais é por si só, um ato de amor. O preventivo faz com que pais e filhos, educadores e alunos, sejam desenvolvidos na cultura das palavras que saem do coração. A construção civil, ou melhor, toda e qualquer construção, só se estabelece e permanece se seus fundamentos forem sólidos. A família deve ser definida como o núcleo afetivo originário. Família feliz é família que vive um verdadeiro, profundo, sincero e estável clima afetivo. Este núcleo sólido é ponto de partida para a construção de um “eu” válido. E se concretiza num conjunto de valores e fatores vitais que formam o verdadeiro espírito de família. Se na família se tem a presença constante e amiga, essa se pressupõe o envolvimento, o querer fazer investimento de tempo e energia, vontade, dedicação e sacrifício: em outras palavras, aquilo que a si mesmo se dá, a família. Ela (a família) vem antes de tudo, e muitas delas, morrem por negligência. Trabalhar juntos, comunicar-se, valorizar-se, permitir experiências. A família é o terreno experimental em que se submete á prova idéias e comportamentos, recebendo dela um reflexo, um retorno, que permite organizar a própria imagem. Os adolescentes, por exemplo, tem necessidade de provar idéias e comportamentos como se prova roupas diante do espelho. Os que lhe querem bem lhes dão, com boa vontade, o espelho. E as corrigem com bondade, quando é o caso.
1.3. UMA PEDAGOGIA PARA OS PAIS
É importante a pedagogia para os pais. Se constantemente estão ali passando normas, eles devem por primeiro, segui-las. Aqui o nosso objeto de estudo vai se aproximando da pré-adolescência, o período que ele mais chama por referencias como veremos mais tarde.
Os pais não devem esconder-se no armário para demonstrar que se querem bem, toda vez que o fazem, com gestos e com palavras, uma corrente quente de segurança envolve os filhos. O laço fundamental que deve existir entre os vários membros de uma família é o afeto. Os demais, como o jurídico, o econômico, e também o de sangue, são irrelevantes. Um menino sente a família quando sente a presença de um amor verdadeiro e partilhado. Ele não quer saber se antropólogos, os psicanalistas, os sociólogos ou jornalistas pensam daquele grupo de pessoas que se querem bem e lhe querem bem; mas sabe muito bem que entre aquelas pessoas existe o afeto, no qual ele também se acha envolvido. Este clima é que faz existir a família, como entende a criança, e nós também entendemos.
Conquistar os filhos sempre foi papel fundamental e luta constante dos pais. Isso significa que sobre os pais pesa uma grande responsabilidade. O relacionamento entre eles é a fonte primeira da estabilidade e segurança entre os filhos. Por isso devem encontrar tempo para falar juntos, para conciliar pontos de vistas diferentes, e, por conseguinte, não se contradizer, para crescer na “maturidade afetiva” recíproca, que é um conjunto de muitas qualidades: generosidade, tolerância, adaptabilidade, compreensão, bom senso, etc. Que pais e mães possam encontrar um momento de calma no decorrer do dia, olhando-se mutuamente e podendo responder a pergunta: “O que realmente queremos para estes nossos filhos?”
Cada pessoa, na família tem um papel. Entre eles destacamos alguns; melhor dizendo, dois deles, que são determinantes. Iniciemos com a missão da mãe. Sobre este nome correm tantos adjetivos, que nenhum deles consegue definir o papel desta figura. A mãe deve compreender que cada filho tem seu temperamento diferente e que cada um deles deve controlar o próprio. Com doçura ela deve inclinar os rebeldes que são inclinados à rudeza. Com muita atenção segui a evolução dos filhos; ver minuciosamente aquele que tem segurança em si mesmo (segurança no agir) que pode facilmente transformar-se em ego, e conseqüentemente em soberba. Não evitar em reprimir os pequenos caprichos. As palavras de uma mãe sempre soam com tom de mágica; são carregadas de amor, de cuidado. Este deve ser o campo de vivencia de toda criança; por mais humilde, financeiramente falando, que seja.
“Não quero ser inteligente, não quero ser bem educado. Quero ser como papai.” [6] Ser como papai para ele é tudo. Depois de uma época definida como a sociedade sem pai, hoje, todos os estudos da sociologia, psicologia, antropologia... Dementam o peso do papel paterno no equilíbrio psicossocial dos filhos. Todavia, o homem que lhes deu o ser é, para os filhos, o pai menos conhecido. O pai precisa ser ele mesmo, e não pôr a máscara de grande pai. Ser pai não é um papel que se deve interpretar, assim, nada resolverão as máscaras. O pai perfeitos, normalmente causam muita complicação.
“Um pai não deve meter-se a competir com os filhos ou tornar-se um símbolo de estatura inatingível. Estar presente, se interessar pelos filhos. Estar disponível ao brinquedo, na discussão, na escuta. A pedagogia divina sugere observar, escutar, conhecer.” [7]
O pai deve ser sempre ponte, procurar ganhar a confiança e a estima dos filhos, mostrar harmonia e concórdia com a esposa diante dos filhos, ser placa de sinalização. Ter a vê a manifestação de Deus na figura do pai é uma experiência maravilhosa que todo filhos tem direito a ter.
E quando todo esse processo é feito, e os pais perdem, o que fazer? Como retomar a construção inacabada? Porque foi tudo por água á baixo? Essas e outras tantas perguntas os pais fazem quando sentem que seu trabalho, que até então funcionava, está se degenerando. Quando os pais perdem claramente a batalha pela supremacia familiar pode ser um inicio para uma grande frustração em comum: Ana, três anos, colocando a cadeira distante da mesa, deixa cair a salada sobre a mesma. “Recolha-a Ana”, diz a mãe, visivelmente irritada. A menina diz com firmeza: “não”. E não se mexe. “Você fez a sujeira senhorita, agora limpe”, repete a mãe cada vez mais zangada. Ana responde, “não. Que pode fazer a mãe? Se obriga a menina a obedecer, sentir-se-á profundamente humilhada, porque sabe muito bem que de nada adianta bater em uma menina de três anos de idade. Além de enfrentar as lamúrias do marido: “Você agora deu pra bater! “Bela maneira de educar”...” Se ela desiste, ele concluirá amargo: “ Tem somente três anos e já manda.”
É assim que em uma família bem pequenina, todos podem ser infelizes. É em situações iguais a esta, comuns e simples, na aparência, que se experimenta um princípio básico do sistema preventivo: “todas as vezes que os pais entram em conflito, os filhos perdem.” [8] Os filhos precisam de nossa orientação e irão acatá-la se souberem que aceitamos como seres igualmente humanos. A dignidade de um menino é profundamente insultada quando lhe batem, e depois, não resta muita dignidade a mãe, especialmente se esta se sentir culpada. Os meninos necessitam de guias, de bons lideres, não de cabos e sargentos.
1.4. A ERA DO “QUERO SER DIFERENTE”
A adolescência aparece como um novo nascimento. É uma segunda entrada na vida; essa ainda mais intensa. Aqui se precisa de decisões, escolhas, e; principalmente, maturidade para enfrentar a nova onda que ele é obrigado a enfrentar. Vista no grande quadro da vida, a adolescência aparece como a época em que a onda da existência atinge seu ponto mais alto. A vida do adolescente é, ou precisa sê-lo, cheia de oportunidade para mergulhar em novas experiências, explorar novas relações, sondar novos recursos de força e capacidade interior. O adolescente tem mais liberdade para explorar do que na infância, quando vivia preso ao lar.
“O adolescente mais velho também tem, em regra, mais liberdade de empreendimento do que mais tarde, quando será obrigado a trabalha e sustentar sua família. Para muitos, a adolescência também constitui um período de existência em que os sonhos juvenis de anos e de poder ainda não foram perturbados pela realidade da vida.” [9]
De certo modo, a adolescência vive numa estação exuberante, entre a primavera e o verão da vida. Mesmo que tudo tenha ocorrido bem em seu desenvolvimento anterior, o adolescente se encontra com uma terra prometida, que é também terra estranha. Qualquer que seja a ajuda que os seus maiores lhe dêem, eles não lhe podem desbravar por completo o caminho antes que o adolescente se sinta a vontade nesta nova terra. O adolescente precisa procurar conhecer-se/descobrir-se, descobrir suas capacidades e limites, e achar o lugar que lhe cabe no mundo. É uma tarefa e tanto para um recém nascido. Tudo isso se apresenta como desejo, como anciã pela felicidade.
É nesta fase que se dá um passo importantíssimo no que diz respeito a personalidade; é aqui também que se “completa”, se concretiza a personalidade. São inúmeras as linhas que definem essa idéia, maior ainda os que discorrem tenazmente. Com razão. É processo critico por demais para se firmar a seiva, a essência do ser humano.
Quando falamos na personalidade do adolescente, queremos referir á soma dos seus atributos e qualidades como individuo, e o modo como eles se integram no estilo total de sua vida. A personalidade do adolescente inclui a soma total, todos os seus traços mensuráveis, capacidades, temperamento e disposição. Também inclui todas as tendências emocionais e comportamentos que o caracterizam como individuo bem ou mal ajustado segundo os padrões da sociedade em que vive.
“A personalidade inclui todas as fortalezas e fraquezas, bem como os motivos sóbrios e os ocultos que governam sua maneira de viver. Do ponto de vista do próprio adolescente, o ‘centro’ da sua personalidade é formado por todas as idéias e atitudes que estão incorporados á sua concepção de si mesmo.” [10]
É aqui momento impar também para os pais, o acompanhamento e direção devem acontecer constantemente, deve ser uma constante. O sistema preventivo salta aqui como porto seguro para esta caminhada. Acompanhar é a palavra chave. Acompanhar é, na verdade, a maneira de conceder uma direção espiritual estando com o individuo. É um acompanhamento de atitudes, mais que de palavras: de presença sensível, de simpatia que aproxima, de solicitude, de silencio que escuta que entende que acolhe que partilha. Exige fortaleza, Constancia, humildade, entrega ilimitada, e muita paciência.
A sede de companheirismo aqui também arma sua tenda e faz desta etapa uma longa procura solitária por alguém, uma figura que caminhe junto, que esteja perto. A relação do jovem com o seu grupo tornam-se cada vez mais importante á medida que caminha da infância para a adolescência. Neste período, os contatos com os companheiros se tornam cada vez mais significativos. Quando ele abandona a adolescência e chega á faze adulta, todos os demais adultos são seus iguais, pelo menos no sentido jurídico. Ele tem de achar o seu lugar numa sociedade em que inclui não só o seu grupo de idade, mas também adultos que, embora mais velhos do que ele, estão em igualdade de condições como votantes, cidadãos, pais.[11]
1.5. UMA GERAÇÃO SEM BÚSSOLA
Vivemos em uma sociedade em que explodiram todas as regras. Mas essa ausência de regras gerou uma insegurança total e insistente. Os jovens raciocinam em termos realistas de sobrevivência. A falência das ideologias, e a perda de influencia da Igreja precipitam a sociedade num profundo relativismo. Os jovens têm pela frente a tarefa, quase impossível, de procurar sozinhos e em si mesmos um sentido para a vida. É um tempo de diversidade moral, “salve-se quem puder”. Muitos rapazes se sentem vulneráveis, vivem no provisório, oscilam entre uma experiência e outra. Seguem qualquer um que tenham um só carisma provisório. Vêm dão as tantas pesquisas que os definem como uma “geração sem bússola”.
O verdadeiro problema, porem, é que estão sem ele e ninguém pensa em fortalecê-la. Nem mesmo os pais, muitas vezes, cheios de dívida e confusão. Dom Bosco tinha compreendido a necessidade de uma ordem inicialmente exterior, que deve tornar-se interior. A necessidade de regras que sirvam de pontos cardiais, de pólos de referencia, pilares da vida futura. Para que funcione este sistema de referencia deve ter uma linha de conduta que leve a frente. Os filhos devem conhecer o conjunto de valores que os pais acreditam saber perfeitamente as regras que devem respeitar compreender que isso implica uma responsabilidade precisa. Com antecedência.[12]
Toda essa estrutura deve resistir a sociedade. É outra pergunta também constante para todos os pais: o que de fato queremos dar para os nossos filhos? Não é fácil, sobretudo quando se pensa no que para nossos filhos, o mundo hoje se encontra em uma corrida obsessiva para o egoísmo e para a solidão. As primeiras vitimas dessa tendência são, como sempre, os mais indefessos: os meninos deixados sós grande parte do dia, hipnotizados pela banalidade da TV que lhe faz companhia por horas e horas, entupidos de salgadinho, e coisas do tipo, que engolem em pé, ao acaso, porque não há mais tempo sequer para uma refeição tranqüila, todos juntos á mesa. Todos juntos? Quem? Se o divórcio se alasta e as famílias são sempre mais irregulares. O quadro é desolador. É fácil dizer: “queremos um mundo melhor para os nossos filhos” Como? Por onde começar?
Reconstruir os valores da família é a receita que todos, especialistas e não, sugerem. Valores e família, duas armas vitais, as únicas armas possíveis de enfrentar o mundo tal como ele é. Valores que sejam raízes e asas. “Valores sólidos a que se agarrarem, em que se afundarem as raízes da vida; e asas, isto é, forças espirituais. Também não basta somente gritar “valores, valores”. A educação, segundo Dom Bosco, apresenta propostas e é operosa, criativa, concreta, e; sobretudo, é preventiva. Como disse o grande ícone da Arquidiocese de Olinda e Recife, em memória, Dom Hélder Câmara:
“Neste mundo estuda-se geologia na manhã seguinte ao terremoto, hidrografia após as aluviões. Os pais, muitos ocupados, só percebem a enchente quando o barco quase afundou.” [13]
Os valores nascem do contato. Agarrada ao colo da mãe, uma criança faz um “espetáculo” se tentarem tirá-la de lá. Lamentavelmente, nossa maneira de viver afasta pais e filhos, justamente nos anos mais importantes para um aprendizado normal dos valores familiares. É importante aproveitar, recuperar todo e qualquer momento. Existem coisas que só os pais podem transmitir. Dom Bosco tinha compreendido claramente que os valores são noções abstratas ao passo que os modelos concretos, visíveis, são fascinantes e convincentes. Os primeiros modelos, naturalmente, são os próprios pais. Não só: as pessoas que os pais demonstram admirar e estimar torna-se também modelos para os filhos.
1.6. E QUANDO TUDO ISSO DÁ ERRADO, O QUE FAZER?
É importantíssimo não pular etapas. A vida é como uma construção civil. As etapas são determinantes; o acabamento não subtrai jamais a maquete primeira. Tudo è soma, construção constante. Não se entende uma coluna com um vácuo de massa. Assim também acontece com a formação da personalidade humana, não se entende uma identidade com deformações, também, diferente da construção civil, não se reforma a identidade. Se conseguirmos viver e formar nosso caráter no tempo apropriado, sofreremos as conseqüências disto por toda a vida. Porem, a graça da vida em Deus è que não somos, nele, seres atemporais. Não existe tempo para ser feliz. As conseqüências são sentidas também nas colunas, elas balanças, fazem tremer toda a estrutura, por isso è importante reconstruí-la rapidamente.
Quando se percebe que foi percorrida toda uma trajetória e o objetivo não foi alcançado, o que fazer? O principal bloqueio para ser pai e mãe eficiente è o sentimento de culpa. O sentimento de culpa surge quando acreditamos que aquilo que fazemos e a maneira como estamos fazendo não estão à altura das expectativas que temos a nosso próprio respeito. Se julgamos ser grande a distancia entre essas expectativas a um nível responsável, melhorar nosso desempenho ou fazer ambas as coisas simultaneamente.[14] Todos os pais sentem culpa quando acreditam estar causando sofrimento e desconforto aos filhos. Quando você interfere em algo que seus filhos desejam fazer, ou insiste em algo que eles não querem, eles reclamam. Chorar, ficar amarrado e fazer acusações sobre os motivos ou caráter dos pais são técnicas que os filhos empregam para resistir ao cumprimento de deveres e responsabilidades, que os pais insistem em serem efetuados.
O sentimento de culpa faz os pais mudarem o jeito de lidar com os filhos. Os pais que se sentem excessivamente culpados criam insegurança nos filhos. Quando os filhos ficam ansiosos porque seus pais não estão no controle, procuram estabelecer padrões de comportamentos e limites por meio de manipulação e jogos de poder. O resultado è caótico. Dentro desta perspectiva de experiência frustrada, o que fazer quando esta se transforma em vicio? E ainda, em dependência química?
1.7. CAUSAS EXISTENCIAIS DOS VÍCIOS E CONSUMO DE DROGA NA ADOLESCÊNCIA
Em 1994, a ONU estimulou que, pelo menos 40 milhões de pessoas consomem drogas de forma regular no mundo. Segundo Butros Gali, o consumo de drogas se estendeu ao nível de epidemia, porque se considera que já chegou a todos os cantos do planeta.[15] Seja como for, parece que os hábitos variam com rapidez e hoje podemos falar de “policonsumismo”, assim como um inicio de idades mais precoces. As drogas alucinógenas, por exemplo, tem um processo de produção e colocação no mercado muito mais rápido porque a tecnologia torna possível sua criação a partir de produtos farmacêuticos ao alcance de todos, distribuindo-se com enorme rapidez até que o Estado as detecte. O perfil da dependência de drogas ultrapassa a questão toxicológica e sua gravidade procede sobretudo, de sua amplitude. A droga è um problema social para a maioria dos países, porque o numero de usuários esta aumentando.
Todavia, a luta do governo destes países contra as drogas tem pouco êxito porque não aborda os fatores existenciais e estruturais profundo das pessoas, o que contribui para criar uma insaciável demanda.
Em quase todas as crônicas da humanidade encontramos relatos de consumo e abuso de drogas. Como recurso do homem para ajudar-se contra a enfermidade física ou corporal, ou como recurso do tipo psicológico, para escapar da monotonia existencial. Parece que as drogas sempre existiram em todas as culturas. È muito chamativa a vertiginosa redução de idade entre os jovens que se iniciam. Issac Nùñes qualifica o fenômeno inédito ao fato de, na atualidade o consumo de drogas se da preferencialmente entre os jovens e adolescentes, enquanto antes era um atributo próprio de adultos. Isto pode ter varias culturas.
“Os adolescentes e jovens, como setor mais instável e sensível da sociedade, sofrem mais diretamente ou reproduzem declaradamente as contradições, as carências e o mal-estar que provoca tanto a estrutura (sistema) social enquanto estilo de vida vigente.” [16]
Observamos que, historicamente, ocorrem distintas formas de entender o consumo de drogas que podem ser resumidas, do ponto de vista social, em duas: boas e màs. Quando o consumo cumpre determinadas funções boas, como alívio de dor, certo nível de estimulação e se matem dentro de um uso adequado, não consiste problema especial. O problema existe quando os vícios produzem conseqüências màs à saúde, originando vários problemas familiares sociais. Ambas formas de consumo, ocorrem ao mesmo tempo em nossa sociedade, sem perceber a gravidade que isso implica porque, uma vez que se tenha começado a consumir uma substancia, è muito difícil deter-se ante outras.
“Perseguido pela policia, rejeitado pela sociedade, devorado pelas suas necessidade de drogas, o intoxicado vai se ver, alem disso, obrigado a roubar mercadorias cujo valor monetário è aproximadamente cinco vezes o preço fixado. Depois, a policia o investigará, e este o instigará e este vai se refugiar na clandestinidade, e assim, sociedade e viciado, entrarão numa espiral sem fim: a repressão fracassou.”[17]
Certamente è muito difícil reconhecer esta realidade ante os outros. Contudo, só quando os pais passam a enfrentar frente a frente poderá “por em crise” seu filho para que freqüente um centro de reabilitação. Negando sua realidade não poderá curá-la.
Caña retrata minuciosamente esses aspectos, quando o jovem percebe com ansiosa lucidez, graças à esperança que renasceu em suas entranhas, o impulso auto derrotador em sua vida passada:
“Cada vez ia tendo menos personalidade, menos vontade de viver. Não me encontrava em lugar algum. Perdi o respeito por mim mesmo, não me valorizava e cada vez ia me jogando mais lixo por cima, e o pior de tudo era saber que não pertencia a este mundo.” [18]
Pensemos nesta ultima frase: “ eu não pertencia mais a este mundo”, è um grito do mais profundo do ser pessoal, um aviso para caminhantes, de que a pessoas se rebela contra o que a desagrada e escraviza no mais intimo do seu ser, rompendo com as aparências superficiais de felicidade que lhe proporcionam os vícios.
Evidentemente que as pessoas mais expostas a estar moderna escravidão dos vícios são os jovens. Os jovens não somente são acessíveis as influencias do grupo escolar e dos seus companheiros dos quais pertencem, mas as condições sociais da “nossa cultura de morte” são o caldo de cultivo apropriado para o aparecimento desta nova escravidão. Certamente nem todos os jovens que entram em contato com as drogas geram um vicio ao limite, no entanto, ninguém que chegou a ser dependente de drogas o faz após uma decisão refletida e por vontade própria. Por isso, a distinção escorregadia e o conceito de uso responsável de drogas, se transforma logicamnete em uma armadilha.
1.8. O SISTEMA PREVENTIVO COMO FILOSOFIA DE REUMANIZAÇÃO
Dom Bosco foi o sacerdote educador daqueles pequenos de seu oratório, entre os quais, alguns chegaram a ser, mais tarde, seus “primeiros sócios da sociedade Salesiana”. Tinha essa vocação como presbítero. Achou, sobretudo, no ministério da confissão sacramental, o lugar por excelência para se chegar ao coração de seus discípulos e para conhecer tanto a realidade de seus estados de consciência, as intenções e as motivações profundas que impulsionavam suas vidas como suas limitações e seus riscos.
Fernando Peraza Leal, um dos grandes escritores na galeria da pedagogia Salesiana, apresenta a grande confiança que os meninos depositavam em Dom Bosco. Porem, a confiança com a qual seus penitentes dele se aproximavam e a incidência positiva de intervenção na vida espiritual dos jovens e seus primeiros religiosos dependiam por vez do ambiente da “casa”, onde ele era pai, irmão e amigo, próximo e solicito. Acompanhar era para ele uma necessidade própria de sua vocação.
As atitudes diretivas de Dom Bosco com alguns educandos e em determinadas circunstancias são intervenções de prevenção que ele vê como necessárias, porque podem evitar que o rapaz, mesmo sem o querer, se equivoque, com prejuízo próprio. Não são postulados pedagógicos dentro do behaviorismo-que Dom Bosco nem conhece nem utiliza. São atitudes determinadas por sua inteligência pratica ante as condições de fragilidade e volubilidade do rapaz. Suprem então, a inexperiência e a incapacidade de autodeterminação derivadas da idade, das circunstâncias ou da índole própria do sujeito da educação.
Por outra parte, consciente da fragilidade dos seus meninos, não queria improvisar suas obediências sem estar prevenido de que iriam estar preparados para enfrentá-las. Os pais, igualmente, devem conhecer os filhos e saber se estão verdadeiramente preparados, e saber se determinada obediência è para o bem deles.
Prevenir è encaminhar no discernimento. A prevenção se expressava, antes de tudo, como uma relação recíproca entre o educando ou o discípulo esperitual, fundamentada no afeto sincero e que se deixava perceber. Isto dava segurança e e paz interior. Despertava em seu coração a esperança de ser compreendido e valorizado por seu mestre.
“Era à base da auto-estima para o sujeito, e de sua confiança. Logo, quando a ação do acompanhamento chegava a tempo, antes que as experiências negativas tivessem ferido gravemente o coração e a inteligência física, moral e espiritual da mesma pessoa, as mesmas experiências negativas sofridas podiam se tornar úteis para o futuro. E até mesmo servir de estimulo para impulsionar um caminho de amadurecimento autônomo e seguro.” [19]
São aspectos que nos servem de ensinamentos hoje, mais de cem anos passados. Eles chegaram ate nós, educador-consagrado, e, principalmente, às famílias. È para os pais, sinal de uma formação enraizada, dosada de razão e emoção, uma formação humana que gera vida.
1.9. O ACOMPANHAMENTO ESPIRITUAL NA FORMAÇÃO DA JUVENTUDE
A relação do acompanhamento espiritual e sua aproximação psicológica pode ser entendido como serviço de escuta e ralação de ajuda que tem por finalidade orientar aos valores, ajudar o acompanhado a organizar a própria mente e a própria experiência de vida, subtraindo-o, antes disso, do risco do subjetivismo e apoiando-o, antes de tudo, do risco do subjetivismo e apoiando-o no discernimento cotidiano das opções.
O guia espiritual coloca-se a serviço do crescimento global da pessoa e, de modo particular, propõe a apoiar o acompanhado na escolha da vocação pessoal a qual Deus chama cada pessoa humana e na sua resposta. Ele sabe que o seu papel è de mediação a serviço do plano de Deus.
Reconhecemos o quanto è complicado para os pais reconhecerem, ou melhor, entenderem, o quanto è primordial o papel do guia espiritual no desenvolvimento do jovem. O pensamento de Dom Bosco entra em cena e deve ser conhecido e evocado pelos pais, como auxilio credível à formação de seus filhos.
Na realização deste serviço, o acompanhante espiritual deverá se colocar a escuta dos questionamentos do acompanhado, sem desvalorizar sua realidade histórica e psicossocial, afim de facilitar-lhe e leitura do pensamento eterno que Deus tem em relação a ele.
A qualidade da relação que se instaura entre o acompanhante e o acompanhado pode ser determinante para realizar esta tarefa. Por isso, indicaremos alguns elementos que facilitam ou criam obstáculo à instauração e a manutenção da relação pessoal eficaz no acompanhamento espiritual.
A primeira reflexão refere-se ao modo com que o acompanhante deseja relacionar-se com o acompanhado, deseja instaurar uma relação de tipo unilateral, na qual há uma pessoa depositaria da verdade e oura sedenta de conhecê-las, pronta a receber conselhos. Ou quer ativar uma relação bilateral, caracterizada por uma continua riqueza recíproca entre quem acompanha e quem è acompanhado?
“Acreditamos que quanto mais o acompanhante espiritual for capaz de reconhecer a sua competência de acompanhante e, portanto, de assumir com o acompanhado a atitude aberta de quem esta pronto a usar o que emergir na relação para crescimento recíproco, tanto mais a sua ação poderá ser eficaz.” [20]
Isso implica a capacidade do acompanhante de usar os contínuos feed back que brotam do acompanhado para rever alguns de seus pontos de vista, modificando-os, reafirmando-os, restaurando-os afim de adaptar a sua intervenção ao individuo acompanhado, estimulando-o a ser artífice do próprio crescimento espiritual e não expectador passivo diante de quem “joga sobre ele” a verdade. Neste processo, o acompanhante enriquece graças aos estímulos, as reflexões vindas do acompanhado e a mesma relação que instaura com ele. Aqui entra não somente o acompanhante, mas, sobretudo os pais.
Esta relação deve estar baseada na empatia e no uso das experiências comunicativas. Outro elemento que facilita a relação baseada na reciprocidade è a atitude empática. Quando falamos de atitude empática entendemos a habilidade de saber colocar-nos no lugar do outro, procurando entender o modo como ele percebe e experimenta aquilo que vive, embora não o confundindo com a sua vivencia emotiva.
Existem competências comunicativas que facilitam uma relação de reciprocidade, servem de suporte a atitude empática e estimula a abertura de quem pede apoio. È preciso formular perguntas apropriadas, o que ajuda a criar uma boa relação de confiança, è a capacidade do acompanhante de saber nutrir, de modo apropriado, os conteúdos e sentimentos emergentes na comunicação do acompanhado, sem transformá-los. Desta maneira o acompanhado sente que há alguém realmente capaz de escutá-lo e entender o que está a dizer.
CONCLUSÃO
Alicerçado em valores humanos como expressões dos dons divinos, o sistema preventivo de Dom Bosco tange o transcendente enquanto proposta perene para uma proposta educativa atual e eficaz. Cabe a grande família Salesiana, sacerdotes e leigos educadores introjetarem em suas mentes e em seus corações os valores que, partindo da grande proposta, transformam-se em ação continua, revestida de uma linha de amor a Deus e a juventude, em todos os tempos. È a própria missão, em cujas linhas nascem e renasce um continuo advir.
Cabe aos educadores Salesianos, refletir e compreender o sistema preventivo, a fim de tornar a sua ação educativa marca do amor cristão e Fé, adaptadas as diferencias e as múltiplas facetas que caracterizam o mundo em continua agitação.
Que outras iniciativas suscitem, ao longo dos tempos em Salesianos comprometidos, novas releituras que indiquem formas apropriadas de aplicar o sistema preventivo de Dom Bosco, tornando-o sempre fiel as origens, atual como processo educativo para os jovens de hoje, indicando-lhes, sobretudo, o sentido de tudo: DEUS.
Noviço Salesiano (seminarista), nascido na cidade de Teotônio Vilela, estado de Alagoas. Reside atualmente em Barbacena/MG, preparando-se para a primeira consagração como religioso professo na Sociedade de São Francisco de Sales.
[2] CLEMES, Haris. Crianças responsáveis. Como desenvolver a responsabilidade na infância. Haris Clemes, Reuynd Bean; tradução de: Barbara Theoto. São Paulo: Editora Gente, 1995. P 22.
[3] CLEMES, Haris. Crianças responsáveis. Como desenvolver a responsabilidade na infância. Haris Clemes, Reuynd Bean; tradução de: Barbara Theoto. São Paulo: Editora Gente, 1995. P 42.
[4] CLEMES, Haris. Crianças responsáveis. Como desenvolver a responsabilidade na infância. Haris Clemes, Reuynd Bean; tradução de: Barbara Theoto. São Paulo: Editora Gente, 1995. P 44.
[5] FERRERO, Bruno. Uma pedagogia para os pais. Editora Elle Dici. 1997. Turim-Italia. P,05.
[13] CÂMARA, Hélder. Homilia para famílias na Catedral Metropolitana de Olinda e Recife. Recife, 1989. P, 16.
[14] CLEMES, Haris. Crianças responsáveis. Como desenvolver a responsabilidade na infância. Haris Clemes, Reuynd Bean; tradução de: Barbara Theoto. São Paulo: Editora Gente, 1995. P 40.
[15] CAÑAS, José Luiz. Das drogas à esperança: uma filosofia de reumanizaçao. Traduçao: Mariza do Nascimento. Sao Paulo. Editora Paulinas, 1998. P 16.
[16] CAÑAS, José Luiz. Das drogas à esperança: uma filosofia de reumanizaçao. Traduçao: Mariza do Nascimento. Sao Paulo. Editora Paulinas, 1998. P, 19.
[17] CAÑAS, José Luiz. Das drogas à esperança: uma filosofia de reumanizaçao. Traduçao: Mariza do Nascimento. Sao Paulo. Editora Paulinas, 1998. P, 22.
[18] CAÑAS, José Luiz. Das drogas à esperança: uma filosofia de reumanizaçao. Traduçao: Mariza do Nascimento. Sao Paulo. Editora Paulinas, 1998. P, 37. (Depoimento de um ex-viciado)
[19] PERAZA, Fernando Leal. Dom Bosco e o acompanhamento espiritual dos jovens. São Paulo. Editora Salesiana, 2010. P 20.
[20] CADERNOS SALESIANOS. Publicação do instituto Teológico Pio XI e da inspetoria Salesiana de São Paulo. São Paulo: 2010. Ano 1- N 02- junho-dezembro-2010.ISS 2178-0242. P, 30.
Nenhum comentário:
Postar um comentário