quarta-feira, 29 de junho de 2011

PRINCIPAIS ASPECTOS DA EXORTAÇÃO PÓS-SINODAL VERBUM DOMINI DO SANTO PADRE O PAPA BENTO XVI


Ednaldo Oliveira
[1]

“... Uma nova estação de maior amor pela Sagrada Escritura da parte de todos os membros do povo de Deus, de modo que, a partir da leitura orante e fiel ao tempo se aprofundem a ligação com a própria pessoa de Jesus.” [2]

INTRODUÇÃO

            A Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, aconteceu no Vaticano de 05 a 26 de Outubro de 2008, teve como o tema: A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Foi uma experiência profunda de encontro com Cristo.
            Com esta exortação apostólica pós-sinodal, o Santo Padre acolheu de bom grado o pedido que fizeram os Padres de dar a conhecer a todo o povo de Deus a riqueza surgida naquela reunião Vaticana e as indicações emanadas do trabalho comum.[3]
            Ele indica aqui algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial.
            Trataremos aqui de um texto admirável que nos dá uma síntese de toda a fé cristã, que nos dá a conhecer o fundamento da nossa vida: O VERBO.

1.0  .  VERBUM DEI
   O DEUS QUE FALA
           
“Portanto, exorto todos os fiéis a redescobrirem o encontro pessoal com a Palavra de Deus na comunhão eclesial, pessoal e comunitária com Cristo; Verbo da vida que se torna Divino.” [4]
           
É marcante a palavra introdutória do Santo Padre. As palavras por ele usadas dão um tom de movimento a toda a ação e motivação do documento. Sua alegria em estar junto aos Padres sinodais e, uma das prioridades do Sínodo: “reabrir no homem atual o acesso a Deus que fala e nos comunica seu Amor.”
            O desejo ardente de que Deus fale e responda as nossas perguntas. As presenças de um rabino e do Patriarca Ecumênico de Constantinopla deram aos pastores de todas as partes do mundo ali presentes, uma profunda gratidão e a constatação de que na Igreja há um novo Pentecoste também hoje, ou seja, que ela fala em muitas línguas, e isto não só no sentido externo de estarem nela representadas todas as línguas do mundo mas também, e mais profundamente, no sentido de que nelas estão presentes os variados modos de experiência de Deus, a riqueza das culturas; e só assim se manifesta a vastidão da existência humana a partir da vastidão da Palavra de Deus.[5]
            Sobre as diversas modalidades de com que usamos a expressão Palavra de Deus; os Padres sinodais acenam para uma sinfonia de palavras, de uma palavra única que se exprime de diversos modos: Um cântico a diversas vozes[6] que não faz de nossa religião uma religião do livro, mas a religião da Palavra de Deus, o Verbo encarnado e vivo. [7] A escuta da Palavra de Deus leva-nos em primeiro lugar a prezar a exigência de viver segundo a lei “escrita do coração”, isso nos dá, por meio da graça, a participação na vida divina. O realismo da Palavra de Deus nos leva a mudar nosso conceito de realismo: realismo é quem reconhece o fundamento de tudo no Verbo de Deus; a ceia criptológica mostra como o Senhor abreviou a sua Palavra, o próprio filho é a Palavra, é o logos: a Palavra eterna fez-se criança para que nós a entendêssemos. Agora ela tem um rosto, uma voz e por isso podemos ver, Jesus de Nazaré.[8]
            O sínodo também recomendou que ajudassem os fiéis a bem distinguir a Palavra de Deus das tantas revelações privadas, cujo papel não é completar a revelação definitiva de Deus, mas ajuda a vivê-la mais plenamente.

1.1  .  A PALAVRA DE DEUS E O ESPÍRITO SANTO

A Palavra indica a presença do Espírito Santo que faz a comunicação entre o Pai e o Filho. Ele nos indica sua presença na história da salvação e particularmente na vida de Jesus. Ele é o protagonista da encarnação do Verbo, do inicio da vida pública, do batismo e de todo o processo da missão do Cristo. Olhar para o paraclito nesta dimensão nos remete aos nossos pais na fé, o percurso que eles fizeram durante séculos de escravidão, não sozinhos, mas sempre com a atuação daquele que permanecia fiel em toda aquela história.
            A culminância disso tudo, que nós já conhecemos e comungamos a concretização em Jesus Cristo, é o nosso Deus na permanência de sua fidelidade. Concretizar a história não põe nela um ponto final, pelo contrário, a continuidade disso tudo dá-nos lugar neste contexto, atuante até.  Em toda a história da Igreja, em seu nascimento, em seus momentos mais oscilantes, nos momentos críticos e nos mais abundantes, ele sempre esteve presente. É o povo de Deus á caminho. É o Espírito que nos espera ansioso e quer ardentemente (respeitando nossa liberdade) que nos tornemos iguais, seres divinos. É a continuidade do movimento.


2.0  . TRADIÇÃO E ESCRITURA

Tendo afirmado a atuação do Espírito Santo e a Palavra de Deus, o Documento Pós-sinodal lança o olhar agora sobre o valor da tradição e a Sagrada Escritura na Igreja. A tradição viva é essencial para que a igreja, no tempo, possa crescer na compreensão da verdade revelada nas escrituras; de fato, “mediante a mesma tradição, conhece a igreja o canôn inteiro dos livros sagrados, e a própria sagrada escritura entende-se nela mais profundamente e torna-se incessantemente operante.” [9]
A tradição viva da Igreja nos faz compreender mais adequadamente a Sagrada Escritura como palavra de Deus. A tradição pode-se assim considerar, é toda Palavra de Deus, sendo ela inspirada por Deus. Reconhecemos aqui a nossa fraqueza, enquanto formadores de consciência, formadores de mentalidade; em educar o povo de Deus nesta mentalidade-realidade, seria a saída para tantas contradições, ou pelo menos, o inicio. Assim, com essas contribuições, a Palavra a pesar da multiplicidade de formas e conteúdos, apresenta-se como uma realidade unitária. Através de todas as palavras da escritura, Deus não diz mais que uma palavra, o seu Verbo Divino, único. Aqui nos cabe citar um dos grandes nomes desta então sagrada tradição, Santo Agostinho. Dizia ele:
“lembrai-vos de que o discurso que Deus desenvolve em todas as escrituras é um só, e um só é o verbo que se fez carne na boca de todos os escritores sagrados.” [10]
     
2.1.  SAGRADA ESCRITURA, INSPIRAÇÃO E VERDADE

Da mesma forma que nos é clara a inspiração do Espírito na encarnação do Verbo, é também explicita a sua presença inspiradora na Sagrada Escritura. Esta palavra é essencial, e muito bem colocada, inspiração. Uma coisa inspirada é uma coisa desejada, almejada, podemos até afirmar que, preparada por alguém. E que grande graça a nossa, recebermos das mãos do Pai suas próprias palavras, saídas de sua própria boca, saídas de seu próprio coração. Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreveu os textos inspirados e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor.[11] Revelação dentro do evangelho e não fora dele.
E assim como tudo quanto afirmam os autores inspirados ou hagiógrafos deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo deve-se acreditar que os livros da Sagrada Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus, parra nossa salvação, quis que fosse consignada nas Sagradas Letras. Por isso, toda escritura é inspirada e digna para ensinar, corrigir, para instruir na justiça: para que o homem de Deus seja perfeito, experimentado em todas as boas obras (2 Tm 3, 16-17gr).[12]
Inspiração e verdade são dois conceitos inseparáveis. Primeiro para a nossa oração na Sagrada Palavra, depois para a nossa “compreensão e afirmação da fé”. Aqui destacamos o desejo do Santo Padre, constantemente expresso durante a formulação do documento, de que a investigação possa avançar neste campo e dê frutos para a ciência bíblica e para a vida espiritual dos fiéis.


3.0. A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS QUE FALA
3.1. CHAMADOS A ENTRAR NA ALIANÇA COM DEUS
Tendo então visto as diversas formas que Deus vai revelando sua palavra ao homem, ele mesmo que, fala e vai ao encontro do homem. Os padres sinodais afirmam:
“Quando se refere à Revelação comporta o primado da Palavra de Deus dirigida ao homem.”[13]
Sabendo, pois que o mistério da Aliança exprime esta relação entre Deus e o homem. Deus que fala homem que responde. Mesmo diante de nosso imenso distanciamento ele torna-nos seus parceiros e assim nós somos destinatários de sua Palavra chamados a entrar em um diálogo de amor. Percebamos aqui a nossa capacidade de escutar e responder a Palavra divina. É esse o principal desejo do Sínodo, levar o homem atual a esta percepção, que ele é parte integrante (sendo destinatário), e que Deus continua com ele, não se afastou, não morreu, continua a sua espera.

3.2. DEUS ESCUTA O HOMEM E RESPONDE ÁS SUAS PERGUNTAS

No diálogo (livre) com Deus, o homem escuta e encontra respostas para as questões mais profundas e decisivas de sua vida, somente Deus responde a sede que se encontra no coração de cada homem![14] A nossa mentalidade ocidental perde bastante com isso. Criou-se a ideia de que Deus está alheio a vida do homem e isto anula a sua liberdade humana, sua autonomia. Esta é uma grande contradição porque, se analisarmos toda a história da salvação veremos que Deus fala e intervêm na história em favor do homem e da sua salvação integral. Não podemos anular a participação d’Ele em nossa vida, em nosso dia a dia.
Mais á frente, porém ainda neste ponto, o documento deixa claro uma das grandes urgências pastorais da nossa Igreja atual, que é nada mais que,          ilustrar claramente como Deus ouve a necessidade do homem e seu apelo. É o que São Boaventura já nos assinalava:
“O fruto da Sagrada Escritura não é um fruto qualquer, mas a plenitude da felicidade eterna. De fato a Sagrada Escritura é precisamente o livro no qual estão escritas palavras de vida eterna, em que veremos, amaremos, e serão realizados todos os nossos desejos.” [15]

3.3. A PALAVRA DE DEUS E A FÉ
     
A Constituição Dogmática Dei Verbum relata de forma clara a atitude do homem diante de Deus: “a resposta do homem á Deus, que fala, é a fé”.[16] Isso deixa claro que para acolher a revelação, o homem deve abrir a mente  e o coração á Deus que faz compreender a sua Palavra. Esta compreensão dar-se-á somente, mesmo com todos os nossos esforços intelectuais, a partir de um encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo.

3.4. O PECADO COMO NÃO ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS
A mesma Palavra que salva e liberta também relata o que acontece com o homem que não a põe em prática. De fato, o homem dentro de sua liberdade, ao afastar-se desta comete o pecado. A Sagrada Escritura mostra como o pecado é desobediência e não escuta, afastamento, ruptura.
A forma como os Padres, neste documento, nos colocaram a questão do pecado é fantástica. Desta maneira sendo entendido (o pecado), o ser humano tem todo o direito e, o mais importante, todo o acesso de voltar. Voltar para Deus, para sua aliança (pacto, compromisso) firmada; sendo assim é impossível não voltar-se para dentro dele mesmo, para as raízes do feito. Tudo dentro da mais intima compreensão do seu ser. “Aceitar” o pecado nesta perspectiva parece-nos está muito mais próximos da resposta que o mundo atual necessita e clama.
A Escritura nunca mostrou-nos outra linha de compreensão, nossa mente e o meio em que estávamos inseridos é que nos levaram aquela ideia deturpada de condenação instantânea sem nenhuma possibilidade de retorno, a não ser penitências sem nexo que anulavam qualquer pensamento e sentimento de que somos fracos e caímos.
Tendo chegado a este conceito, pela ajuda e iluminação do Espírito e da Igreja, estamos e nos sentimos mais acessíveis ao nosso real e primitivo lugar, divinos por participação. Não nos esqueçamos, temos um Deus apaixonado por nós; ele nos ama, nos entende, protege e espera por nós.

3.5. MARIA, “MATER VERBI DEI E MATER FIDEI”

Estamos em sintonia com o principal objetivo da XII Assembleia: “Renovar a fé da Igreja na Palavra de Deus”, [17]não podemos perder de vista o nosso auxílio nesta caminhada,” Aquela que realizou plenamente a vocação divina da humanidade[18]. A fé obediente de Maria nos aproxima desta realidade, a escuta da Palavra. Não poderíamos tomar outra figura como referência. Foi ela que tudo fez.[19]E nos leva a fazer. Para nós torna-se muito mais fácil olhando para ela.
Fazer referência á Maria mostra-nos como o agir de Deus leva em conta a nossa liberdade e leva-nos á uma transformação. Contemplar em Maria uma vida modelada pela Palavra e chegar ao plano divino da salvação, entrada de Cristo em nossa vida, nós que o geramos e o levamos onde formos. Portanto, o que aconteceu com Maria pode acontecer em cada um de nós diariamente na escuta da Palavra e na celebração dos sacramentos.[20]

4.0. A HERMANÊUTICA DA SAGRADA ESCRITURA NA IGREJA
4.1. IGREJA, LUGAR ORIGINÁRIO DA HERMANÊUTICA DA BÍBLIA

Este é mais um grande tema discutido durante o sínodo, a interpretação da Palavra de Deus na Igreja.
Neste ponto o documento apresenta a centralidade e unicidade da Palavra. “É precisamente a ligação intrínseca entre Palavra e fé põe em evidência que a autêntica hermenêutica da Bíblia só pode ser feita na fé eclesial.”[21] A este respeito nós poderíamos levantar os seguintes questionamentos: a devoção popular não poderia ser considerada uma hermenêutica enraizada na Palavra? A interpretação dos nossos irmãos, isto é, a forma de expressar sua experiência profunda com o Sagrado, não é levada em conta? O absolutismo e a palavra final da Igreja são cabíveis neste ponto?
Recordemos aqui estas duas figuras citadas no documento: São Boaventura ao dizer:
“Este é o conhecimento de Jesus Cristo, do qual tem origem, como de uma fonte, a segurança e a inteligência de toda a Sagrada Escritura” [22]
E ainda Tomás de Aquino:
“A letra do Evangelho também mata, se faltar à graça da fé interior que cura.” [23]
Neste ponto o Santo Padre assinala que o lugar fundamental para a interpretação da Bíblia é a Igreja. Isto anularia toda e qualquer possibilidade de “expressão da experiência” pessoal de cada um. É um ponto crítico no documento, a repensar.

4.2. DESENVOLVIMETO DA INVESTIGAÇÃO BÍBLICA E MAGISTÉRIO ECLESIAL
            É notável nestes últimos anos a colaboração dos exegetas com relação aos estudos teológicos e exegéticos. Neste sentido, os presentes Bispos exprimiram um vivo agradecimento aos numerosos exegetas e teólogos que com sua dedicação, empenho e competência, dão e ainda dão uma contribuição essencial para o entendimento das Escrituras, enfrentando os problemas complexos que o nosso tempo coloca á investigação Bíblica.[24]
            É preciso reconhecer os benefícios que a exegese histórico-crítica e os outros métodos de análise do texto, desenvolvidos em tempos mais recentes, trouxeram para a vida da Igreja. Segundo a visão católica da Sagrada Escritura, a atenção a estes métodos é imprescindível e está ligada ao realismo da Encarnação. Pois bem, uma coisa é fazermos uma reflexão nesta perspectiva, aqui os leques se abrem e dão margem para o entendimento, de que não somos e não estamos preparados para tal investigação, precisamos de formação. Outra bastante diferente é dizer que nem estamos nem somos preparados, nem poderemos nos preparar. A Igreja nos dará tudo em cartilha. Isso não. Em contrapartida o Santo Padre nos ressalta: a história da salvação não é uma mitologia, mas uma verdadeira história e, por isso, deve-se estudar com métodos de uma investigação histórica séria.[25]


4.3.  A HERMANÊUTICA BÍBLICA CONCILIAR; UMA INVESTIGAÇÃO A ACOLHER
Seria inconcebível falar de Sagrada Escritura sem citar a intervenção do Espírito Santo com relação á nossa interpretação da Bíblia no concílio Vaticano II.
            A partir deste horizonte, podem se apreciar melhor os princípios da interpretação própria da exegese católica expressos pelo concílio, particularmente na Constituição Dogmática Dei Verbum. Tratando-se da hermenêutica bíblica, o concilio fundamenta-se, entre outro, nestes pontos para uma exegese adequada: o nível metodológico, histórico-crítico, e o teológico.

4.4. FÉ E RAZÃO NA ABORDAGEM DA ESCRITURA
            No inicio deste ponto o documento destacou de forma sucinta e digna a ideia da valorosa Encíclica Fides et ratio do Beato João Paulo II.  Avisando que não se deve subestimar o perigo que existe quando se quer individualizar a verdade da Sagrada Escritura com a aplicação de uma única metodologia, esquecendo a necessidade de uma exegese mais ampla que permita o acesso, em união com toda a Igreja ao sentido pleno dos textos.[26]
            Isso nos deixa claro como na abordagem hermenêutica da Escritura está em jogo à relação entre fé e razão. Por isso, é necessário, também neste caso, convidar na alargar os espaços da própria racionalidade.[27] Fé e razão em complementaridade reforça a ideia de que a religião do Logos encarnado não poderá deixar de apresentar-se profundamente razoável ao homem que, sinceramente procura a verdade e o sentido último da própria existência e da própria história.

4.5.  A NECESSÁRIA SUPERAÇÃO DA LETRA
            Para se entender a verdadeira articulação entre os diversos sentidos da Sagrada Escritura, tornou-se decisivo identificar a passagem entre letra e espírito. A Palavra do próprio Deus nunca se apresenta na simples literalidade; ela passa desse sentido pelo movimento interior.[28]

4.6.  A RELAÇÃO ENTRE ANTIGO E NOVO TESTAMENTO

            É interessante perceber como o antigo proclama, anuncia o novo, e o novo concretiza o antigo, complementam-se. O mistério da morte e ressurreição de Jesus encontra seu perfeito cumprimento nas Escrituras Sagradas do povo judeu. É o aspecto fundamental da continuidade. Não há outro exemplo mais claro que o livro do Êxodo. Ali, a história do povo de Deus torna-se história de salvação. O desejo do povo que clama por liberdade, clama por inclusão, reconhecimento e proteção; enquanto Deus clamava e trabalhava pela salvação deles. Era o não entendimento do povo e a fidelidade e a paciência de Deus, que esperava com o coração ansioso o retorno de suas crias; enquanto o povo, nada mais queria que sair da opressão. Contraditório se não fosse o clamor.
            Este mesmo povo de Deus, no novo testamento não agiu muito diferente do que no antigo. O profeta enviado naquele momento “anunciava a mesma coisa” dos antigos enviados, só que naquela situação, era o anunciado pelos antigos que agora anunciava. E o povo? A reação foi à mesma. Materialista, interesseira. E Deus continua seu movimento fidedigno mesmo este povo tendo matado seu filho e não entendendo seu maior ato.

4.7. AS PÁGINAS “OBSCURAS” DA BÍBLIA

            Assinala-se aqui a grande dificuldade que o Sínodo enfrentou no que diz respeito ás páginas difíceis, por causa da violência e imoralidade que se encontra em algumas delas, não esquecendo as “contradições” da revelação radicada na história. Refletindo as etapas sucessivas da história; não descartando a história do homem, encontramos um Deus que, escolhe um povo e realiza a sua educação. Como manifestação desta educação de Deus, o documento coloca a pregação dos profetas que vão lutando contra todo tipo de injustiça, são eles instrumentos da educação de que Deus é protagonista. O Santo Padre ressalta:
“Por isso, exorto os estudiosos e Pastores a ajudarem os fiéis a abeirar-se também destas páginas por meio de uma leitura que leve á descobrir o seu significado á luz do mistério de Cristo.” [29]

4.8. A INTERPRETAÇÃO FUNDAMENTALISTA DA SAGRADA ESCRITURA

            Neste ponto, o Santo Padre discursa sobre o grande perigo que existe com as leituras que não respeitam a Sagrada Escritura; isto coloca em risco e é uma traição tanto com o sentido literal e o sentido espiritual da Palavra. O fundamentalismo evita a íntima ligação com o divino e do humano nas relações com Deus. Por este motivo, tende a tratar o texto bíblico como se fosse ditado palavra por palavra pelo Espírito e não chega a reconhecer que a Palavra de Deus foi formulada numa linguagem e numa fraseologia condicionadas por uma determinada época.[30]
            A verdadeira resposta á uma leitura fundamentalista é a fé, é a leitura crente da Sagrada Escritura. Uma leitura destinada á vida fiel de hoje.

4.9. BÍBLIA E ECUMENISMO

            Nós somos mestres em comunhão, a nossa religião é exemplo para a humanidade que, a vida fundamenta-se na comunhão concreta e perfeita, ilustrada pela trindade. É o desejo, um clamor do próprio Jesus para que o mundo creia (cf. Jo 17,21).
            O Sínodo quis sublinhar a centralidade dos estudos bíblicos no ecumenismo. E assim o documento vai descrevendo a importância desta comunhão e destrinchando pontos como, a tradução da Escritura nas diversas línguas.

4.9.1.  OS SANTOS E A INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA

            Seria impossível, melhor dizendo, incompleta se não citássemos esses nossos irmãos que viveram da Palavra. É deles que vem a interpretação mais profunda da Palavra de Deus. Não é por acaso que as grandes espiritualidades nasceram dessa vivência.
            Neste sentido, a santidade na Igreja representa uma verdadeira hermenêutica da Escritura. O Espírito Santo que inspirou os autores sagrados é o mesmo que anima os Santos á darem a vida pelo Evangelho. Entrar na sua escola constitui um caminho seguro para efetuar uma hermenêutica viva e eficaz da Palavra de Deus.[31]

5.0. A PALAVRA DE DEUS E A IGREJA
5.1. A IGREJA ACOLHE A PALAVRA

            Este ponto é iniciado com uma colocação muito louvável: “O senhor pronuncia a sua Palavra para que seja acolhida por aqueles que foram criados precisamente por meio do Verbo.” [32] O interessante é que, a Palavra dirigida a nós e nós não a recebemos, nós a negamos. Mas, aqueles que crêem e a vivem, tendo também os outros sido nascidos de Deus, são participantes da vida divina. É aqui que se percebe o rosto da Igreja como uma realidade definida pela acolhida do Verbo de Deus, que se encarnando, armou sobre nós a sua tenda (cf. Jo 1, 14). Manifestação de Deus na Igreja, e pela Igreja.

5.2. CONTEMPORÂNEIDADE DE CRISTO NA VIDA DA IGREJA

            Retorna aqui aquela nossa ideia de continuidade. Cristo que continua. “Deus, que outrora falou, dialoga sem interrupção com a esposa do seu amado Filho; e o Espírito Santo - por quem ressoa a voz do Evangelho na Igreja e, pela Igreja no mundo - introduz os crentes na verdade plena e faz com que a Palavra de Cristo neles habite em toda a sua riqueza.”

6.0. LITURGIA, LUGAR PRIVILEGIADO DA PALAVRA DE DEUS
6.1. A PALAVRA DE DEUS NA SAGRADA LITURGIA

            Tendo a Igreja como casa da Palavra, casa da alma, percebe-se que a celebração da Palavra torna-se um pleno, contínuo e eficaz exercício da Palavra. Ressalta o Santo Padre:
“Por isso, exorto os Pastores da Igreja, e os agentes pastorais a fazerem com que todos os fiéis sejam educados para saborear o sentido profundo da Palavra de Deus que está distribuído ao longo do ano na liturgia, mostrando os mistérios fundamentais da nossa fé.” [33]

6.2. PALAVRA DE DEUS E EUCARÍSTIA

            Ousemos agora, olhar para a naturalidade da nossa Igreja na ótica de uma “organização perfeita.” Com toda a totalidade que nos cerca a palavra a nós destinada, a completude de Deus é tamanha, que nos “presenteia” ainda com o alimento salutar da Eucaristia. É a lei que se torna pessoa. Encontrando Jesus, alimentamo-nos por assim dizer, do próprio Deus vivo, comemos verdadeiramente o pão do céu.[34] É o logos de Deus que se faz carne.
            O documento vai descrevendo de forma inspirada a passagem de Lucas, sobre os discípulos de Emaús. Aquele viajante que parecia conhecer profundamente a rotina de suas vidas, e eles (os dois discípulos) começam a ver a Escritura de uma forma diferente, e o reconhecem pelo partir do pão (cf. Lc 24, 31). E a Palavra vai assim se “completando”, não que ela não já seja completa, mas a nossa compreensão é que ela vai sendo completada, pela Eucaristia. 

7.0 A PALAVRA DE DEUS NA VIDA ECLESIAL
7.1. ENCONTRAR A PALAVRA DE DEUS NA SAGRADA ESCRITURA

            Já é de nosso conhecimento a celebre colocação do Papa Bento XVI em um de seus livros falando sobre o cristianismo:
“O cristianismo é mais que um cumprimento de regras, é um encontro pessoal com uma pessoa, com Jesus Cristo.” [35]
            Portanto, se é verdade que a liturgia constitui o lugar privilegiado para a proclamação, escuta e celebração da Palavra de Deus, é igualmente verdade que este encontro deve ser preparado no coração dos fiéis e, sobretudo por eles aprofundado e assimilado.[36] De fato, o cristianismo caracteriza-se por esse encontro.
            Na história da Igreja não nos falta figuras que nos levem a conhecer a Sagrada Escritura para se crescer no amor de Cristo. O documento cita algumas delas como, São Jerônimo, grande amante, enamorado da Palavra de Deus. Dizia ele:
“Como será possível viver sem o conhecimento das Escrituras, se é por elas que se aprende a conhecer o próprio Cristo, que é a vida dos crentes?” [37]

            Coloca ainda outras figuras que dedicaram suas vidas ao estudo da Bíblia e nos convocando á colocar também no centro da nossa vida o encontro com Cristo, colocando aquela medida alta cristã ordinária, desejada pelo Papa, agora Beato João Paulo II.

7.2. ANIMAÇÃO BÍBLICA NA PASTORAL

            Nesta linha, o Sínodo convidou a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja, recomendado que se “incremente a ‘pastoral bíblica’, com animação bíblia da pastoral inteira.” [38]
E é bem incisiva a Palavra do Santo Padre ao relatar que não se trata que acrescentar qualquer encontro na paróquia ou diocese, mas de verificar se realmente esses encontros tem a peito o encontro pessoal com Cristo
            Continua ele dando respostas sobre o aparecimento de tantas seitas. Segundo ele, quando não se forma os fiéis num conhecimento da fé segundo a Escritura e a tradição viva, deixa-se excessivamente um vazio pastoral, e ai as seitas entram em cena.
           
7.3. PALAVRA DE DEUS E MINISTROS ORDENADOS

            O Sínodo afirma: “a Palavra de Deus é indispensável para formar o coração de um Bom Pastor, ministro da Palavra.” [39] Os termos usados neste ponto do documento são uma chamada de atenção aos Bispos, Presbíteros e Diáconos que vivem sua vocação e missão em um renovado compromisso de santificação, que tem como um de seus pilares, seu contato direto com a Bíblia.
Bento XVI reafirma então o que disse o saudoso Papa João Paulo II: “Para nutrir e fazer crescer a vida espiritual, o Bispo deve colocar sempre em ‘primeiro lugar a leitura e a meditação da Palavra de Deus’.” Cada Bispo deve sempre sentir-se confiado á Deus e ‘á Palavra da sua graça que tem o poder de constituir o edifício e conceder parte na herança com todos os santificados’. Por isso, antes de ser transmissor da Palavra, o Bispo, com seus sacerdotes e com qualquer fiel- mais ainda, como a própria Igreja- deve ser ouvinte da Palavra. Deve de certo modo estar dentro da Palavra, para deixar-se nutrir e guardar como um ventre materno.[40]
É perceptível a preocupação dos Padres sinodais com relação á leitura pessoal da Sagrada Escritura por parte dos ministros. Antes de qualquer coisa, o sacerdote é ministro da Palavra de Deus, consagrado e enviado a anunciar a todos o Evangelho. Por isso, o sacerdote deve ser o primeiro a desenvolver uma familiaridade com a Palavra: não basta conhecer o aspecto lingüístico e exegético, sem dúvida necessária; é preciso abeirar-se da Palavra com coração humilde e orante, a fim de que ela penetre a fundo pensamentos e sentimentos, e gere nele um pensamento, “o pensamento de Cristo.” [41]
Assim sendo, as suas palavras e ações vão se transformando em anúncio, um consagrado na verdade. O modelo é o próprio Cristo, servidor e fiél ao mandado do Pai que consagra.
O diaconato não poderia passar despercebido no documento, e não passa. Ele (o diácono) é todo serviço. Caracterizado pela espiritualidade na Palavra de Deus, seu lugar originário. O diácono é chamado a anunciar com autoridade, na mesma medida que, vivendo na totalidade o que prega.

7.4. PALAVRA DE DEUS E VIDA CONSAGRADA

            É interessante o papel o papel que o Sínodo remete á vida consagrada religiosa e seu nascimento. Viver no seguimento de Cristo casto, pobre e obediente é uma exegese viva da Palavra de Deus, tendo sua origem na escuta da Palavra.[42] A vida consagrada, se não tiver este fim, não passa de uma grande palhaçada.

7.5. A NECESSIDADE DA “MISSIO AD GENTES”

            A Igreja deve ir ao encontro de todos com a força do Espírito. A todos, a Igreja se sente devedora de anunciar a Palavra que salva.[43] Os Padres sinodais reafirmam a necessidade de mandar missionários ad gentes para uma renovada evangelização. Aqui ressaltamos um fator importantíssimo nas missões ad gentes, o voluntariado. Ele é uma excelente oportunidade para descobrir o chamado de Deus. O Padre Václav Klement[44] descreve o papel que o voluntariado tem:
“Infelizmente, o nome de Jesus é desconhecido por longa parte da humanidade. Isto obriga a Igreja a permanecer disponível para as missões ad gentes. Seria um erro deixar de promover a atividade evangelizadora missionária, principalmente no que diz respeito ao voluntariado juvenil.”[45]

8.0. PALAVRA DE DEUS E COMPROMISSO NO MUNDO
8.1. PALAVRA DE DEUS E COMPROMISSO NA SOCIEDADE PELA JUSTIÇA

            O cristão, ao mesmo tempo em que tem como “obrigação” anunciar o Evangelho, anunciar a esperança; é também impelido á lutar pela justiça. A Palavra de Deus denuncia, sem ambigüidade, as injustiças e , promove, toda ela a justiça.
             O nosso encontro com o “gerador da vida” não pode nos levar ao contentamento, tão pouco á omissão diante das injustiças que passam os nossos irmãos, estejam onde estiverem. Os Padres sinodais dirigiram um pensamento particular os quantos estão empenhados na vida política e social. As referências que aqui poderíamos fazer aos tantos movimentos sociais da nossa Igreja que denunciam sem medo o sofrimento dos povos.

8.2. O ANÚNCIO DA PALAVRA DE DEUS E OS JOVENS

            O Sínodo reservou um pensamento particular ao anúncio da Palavra divina feita ás novas gerações. Os desafios são inúmeros frente á evangelização juvenil atual. O jovem quer liberdade e a ideia deturpada de que o próprio gerador da vida, da dignidade e da liberdade nos quer presos á Ele como em uma cúpula de vidro; de um Deus doutrinário e cheio de rigorosas regras, de um Deus distante e incompreensível, arrogante e egocêntrico. Na idade da juventude surgem vários questionamentos decisivos sobre o sentido que se deve dar á própria existência.
            Esta solicitude pelo mundo juvenil implica a coragem de um anúncio claro. É preciso levar os jovens á ganharem confidência e familiaridade com a Escritura, como uma bússola que indica o caminho a seguir.
Para isso, precisamos de verdadeiras testemunhas e mestres, que caminhem com eles e os orientem a amarem e, por sua vez, comunicarem o Evangelho, tornando-se eles mesmos arautos autênticos e credíveis.[46]
            O Papa repete o convite que fez no inicio de seu pontificado para abrir de par em par as portas a Cristo:
“Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada, absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Queridos jovens, não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada, e dá tudo. Quem se entrega e Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo, e encontrarei a vida verdadeira” [47]

9.0. PALAVRA DE DEUS E CULTURAS
9.1. A BÍBLIA COMO GRANDE CÓDIGO PARA AS CULTURAS
            A Palavra de Deus inspirou ao longo dos séculos as diversas culturas, gerando valores fundamentais, expressões artísticas magníficas, e estilos de vida exemplares.[48]
Os Padres Sinodais sublinham a importância de favorecer um adequado conhecimento da Bíblia aos vários agentes culturais, mesmo nos ambientes secularizados e entre os não crentes da Sagrada Escritura.

9.2. O CONHECIMENTO DA BÍBLIA NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES

            Este é um ponto particular da discussão entre Palavra de Deus e culturas. Não se deve descuidar o ensino da religião, deve-se formar cuidadosamente os professores.[49]
A grande questão nos ambientes educacionais com relação ao estudo da religião e da Bíblia é o ecumenismo. Confunde-se muito ecumenismo e evangelização. É preciso não ter medo nas pastorais universitárias, anunciar Cristo sem máscaras, nada de ficar levando as coisas meio com receio, sem muita convicção.
Estando atentos aos valores que são cabíveis dentro de uma instituição educacional, no que faz referência ao diálogo inter-religioso, é preciso não ter reservas ao anunciar Cristo.

10.0. PALAVRA DE DEUS E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
10.1. O VALOR DO DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

            O processo veloz de globalização, característico de nossa época, permite viver em contato mais estreito com as pessoas de culturas e religiões diferentes.[50] É muito importante que as religiões, em um mundo extremamente secularizado, criem uma mentalidade de comunhão.
            O diálogo entre cristãos e mulçumanos, diálogo com todas as religiões e com a liberdade religiosa, todos esses citados e trabalhados neste capítulo do documento, exigem a reciprocidade em todos os campos, sobretudo no que diz respeito ás necessidade fundamentais. Tal diálogo e respeito favorecem a paz e a harmonia entre os povos.[51]

CONCLUSÃO

            Aqui reunimos, aprofundamos a riqueza da XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.
            Nunca devemos esquecer que, na base de toda espiritualidade cristã está a Palavra de Deus anunciada, acolhida, celebrada e meditada na Igreja.[52] Por isso, o nosso dever deve ser cada vez mais de, ouvintes da Palavra de Deus e agentes de uma nova evangelização. A Assembleia permitiu-nos experimentar que o anuncio da Palavra cria comunhão e gera alegria.
            Que cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro com Cristo, Verbo do Pai feito carne:
“Ele está no inicio e no fim de tudo, e n’Ele todas as coisas subsistem.”[53]
            Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, afim de que ela continue a habitar e viver em nós, a falar-nos ao longo de todos os dias de nossa vida[54]




           


           


           

           
           

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-Ednaldo Oliveira é noviço (seminarista) da Sociedade de São Francisco de Sales, Salesiano de Dom Bosco. Atualmente reside em Barbacena/MG.

-Propósito 9.

-Propósito 1.

-P. 05-Nº02

-BENTO XVI, Discurso á Cúria Romana (22 de Dezembro de 2008); ASS 101 (2009).
Instrumentum Laboris, 9.

-P. 18- Nº 12.

-P.26-Nº 12
-Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática sobre a revelação divina Dei Verbum, 7.

-Enarrationes in Psalmos, 103, IV, 1, PL 37, 1378. Análogas afirmações em Origenes, In Iohannem V, 5-6: -c 120, PP. 380-384.

-P. 42, nº 19.

-P. 43, Nº 19.

-Propósito 4.

-P. 48, Nº 23.

-Prol.: Opera Omnia, V (Quaracchi 1891), PP. 201-202).

-Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina Dei Verbum, 5

-P. 53, Nº 27.
-Propósito 55.

-São João Bosco

-P. 56, Nº 28.

-P. 57, Nº29.

-Breviloquium, Prol.: Opera Omnia, V (Quaracchi 1891), P. 201-202).
Suma Theologial, La-llae, Q. 106, art. 02.

-P. 62, Nº 31.

-BENTO XVI, Investigação na Congregação Geral do Sínodo (14 de outubro de 2008); insegnamenti IV/2 (2008), 492, cf. Propósito 25.

-JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Fides et Ratio (14 de setembro de 1998), 55: AAS 91 (1999), 49-50.[1]

-BENTO XVI, Discurso aos homens de cultura Italiana no College dês Bernardins de Paris (12 de setembro de 2008): AAS 100 (2008), 726.
-BENTO XVI, Discurso aos homens de cultura Italiana no College dês Bernardins de Paris (12 de setembro de 2008): AAS 100 (2008), 726.

-P. 84, Nº 42.

-PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA, A interpretação da Bíblia na Igreja (15 de abril de 1993), I, F: Ench. Vat. 13, nº 2974.

-P. 108, Nº 52.

-J. RATZINGER (BENTO XVI), Jesus de Nazaré (Lisboa- 2007), 336.

-J. RATZINGER (BENTO XVI).

-J. RATZINGER (BENTO XVI).

-P. 135, Nº 72.

-Epistola 30, 7: CSEL 54, 246.

-Propósito 30; cf. Concílio Ecumênico Vaticano II. Constituição Dogmática sobre a revelação Dei Verbum, 24.

-P. 144, Nº 78.

-N. 15: AAS 96 (2004), 846-847.

-P. 145, Nº 80.
 
-Propósito 24.

- P. 177, Nº 95.

-O Padre Václav Klement é Conselheiro Mundial Para as Missões na Congregação Salesiana.

-CAGLIERO¹¹, Boletim de Animação Missionária Salesiana. Nº 30, junho de 2011.

-P. 183, Nº104.

-Homilia (24 de abril de 2005): AAS 97 (2055), 172.

-P. 198, Nº 109

-P. 199, Nº 111.

-P. 207, Nº116.

-JOÃO PAULO II, Discurso no encontro com os jovens mulçumanos em Casablanca. (Marrocos, 19 de Agosto de 1985), 5: AAS 78 (1986), 99.

-P. 213, Nº 121.

-(cf. Jo 6, 68).

-P. 218, Nº 124.

     

           
           

           



[1] Ednaldo Oliveira é noviço (seminarista) da Sociedade de São Francisco de Sales, Salesiano de Dom Bosco. Atualmente reside em Barbacena/MG.
[2] Propósito 9.
[3] Propósito 1.
[4] P. 05-Nº02
[5] BENTO XVI, Discurso á Cúria Romana (22 de Dezembro de 2008); ASS 101 (2009).
[6] Instrumentum Laboris, 9.
[7] P. 18- Nº 12.
[8] P.26-Nº 12
[9] Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática sobre a revelação divina Dei Verbum, 7.
[10] Enarrationes in Psalmos, 103, IV, 1, PL 37, 1378. Análogas afirmações em Origenes, In Iohannem V, 5-6: 5c 120, PP. 380-384.
[11] P. 42, nº 19.
[12] P. 43, Nº 19.
[13] Propósito 4.
[14] P. 48, Nº 23.
[15] Prol.: Opera Omnia, V (Quaracchi 1891), PP. 201-202).
[16] Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina Dei Verbum, 5.
[17] P. 53, Nº 27.
[18] Propósito 55.
[19] São João Bosco
[20] P. 56, Nº 28.
[21] P. 57, Nº29.
[22] Breviloquium, Prol.: Opera Omnia, V (Quaracchi 1891), P. 201-202).
[23] Suma Theologial, La-llae, Q. 106, art. 02.
[24] P. 62, Nº 31.
[25] BENTO XVI, Investigação na Congregação Geral do Sínodo (14 de outubro de 2008); insegnamenti IV/2 (2008), 492, cf. Propósito 25.
[26] JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Fides et Ratio (14 de setembro de 1998), 55: AAS 91 (1999), 49-50.
[27] BENTO XVI, Discurso aos homens de cultura Italiana no College dês Bernardins de Paris (12 de setembro de 2008): AAS 100 (2008), 726.
[28] BENTO XVI, Discurso aos homens de cultura Italiana no College dês Bernardins de Paris (12 de setembro de 2008): AAS 100 (2008), 726.
[29] P. 84, Nº 42.
[30] PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA, A interpretação da Bíblia na Igreja (15 de abril de 1993), I, F: Ench. Vat. 13, nº 2974.
[31] P. 97, Nº 49.
[32]  P. 101, Nº 50.
[33] P. 108, Nº 52.
[34] J. RATZINGER (BENTO XVI), Jesus de Nazaré (Lisboa- 2007), 336.
[35] J. RATZINGER (BENTO XVI).
[36] P. 135, Nº 72.
[37] Epistola 30, 7: CSEL 54, 246.
[38] Propósito 30; cf. Concílio Ecumênico Vaticano II. Constituição Dogmática sobre a revelação Dei Verbum, 24.
[39] P. 144, Nº 78.
[40] N. 15: AAS 96 (2004), 846-847.
[41] P. 145, Nº 80.
[42]  Propósito 24.
[43]  P. 177, Nº 95.
[44] O Padre Václav Klement é Conselheiro Mundial Para as Missões na Congregação Salesiana.
[45] CAGLIERO¹¹, Boletim de Animação Missionária Salesiana. Nº 30, junho de 2011.
[46] P. 183, Nº104.
[47] Homilia (24 de abril de 2005): AAS 97 (2055), 172.
[48] P. 198, Nº 109
[49] P. 199, Nº 111.
[50] P. 207, Nº116.
[51] JOÃO PAULO II, Discurso no encontro com os jovens mulçumanos em Casablanca. (Marrocos, 19 de Agosto de 1985), 5: AAS 78 (1986), 99.
[52] P. 213, Nº 121.
[53] (cf. Jo 6, 68).
[54] P. 218, Nº 124.

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